30 mil asteroides próximos da Terra já foram catalogados e seguem em observação

O risco de impacto entre um asteroide e a atmosfera terrestre é medido pela Escala de Toronto. Saiba mais!

Atualmente, segundo os astrônomos que fazem o monitoramento de objetos espaciais, existem aproximadamente 30 mil asteroides próximos da Terra. O número acaba trazendo alarde, uma vez que o choque de um dos objetos com o nosso planeta pode acarretar destruições jamais vistas.

Vale dizer que os asteroides conhecidos e catalogados se encontram a 45 milhões de quilômetros de distância da Terra. Tais dados foram recolhidos pelo Centro de Coordenação de Objetos Próximos à Terra.

Dentre esses asteroides, cerca de 400 dos mais recentes poderiam causar impactos regionais, sendo, portanto, os focos de atenção dos astrônomos. Aliás, um desses objetos tem um pouco mais de 1 km de largura, o que poderia acarretar maiores danos.

Aliás, todos os objetos que trazem a possibilidade de impacto estão sendo observados por profissionais qualificados. Estima-se que mais de 1.400 objetos pertencem a esse grupo.

A Escala de Torino e a probabilidade de impactos

A Escala de Torino consiste em uma ferramenta que mede o tamanho do asteroide, sua energia cinética e qual tipo de seu possível impacto, seja global, regional ou local. Suas cores também possuem um significado muito importante, uma vez que condizem com a raridade dos eventos.

Tal escala é frequentemente utilizada pelos defensores planetários como forma de medir o risco de impactos dos asteroides próximos da Terra.

Então, por exemplo, se pegarmos um asteroide com 5 km de diâmetro, segundo a Escala de Torino, o evento de colisão tem baixa probabilidade de ocorrer.

O fato é que existem asteroides próximos da Terra capazes de atingi-la. Contudo, são pequenos e os impactos são imperceptíveis, considerando que entrarão em combustão tão logo entre em contato com a atmosfera terrestre. Por outro lado, existem asteroides com grande dimensão, que podem gerar danos incalculáveis, mas até onde se sabe estão em órbitas seguras em uma viagem ao redor do sol.

No geral, valores que estão abaixo de -2 na Escala de Torino representam eventos de impacto sem probabilidade de consequências. Já os entre -2 e 0, representam eventos que merecem atenção enquanto os valores positivos requerem muita preocupação.

O problema dos defensores planetários é que, embora os asteroides de 5 km e 1 km já sejam conhecidos e estejam sob o controle, os entre 50 a 140 m não são totalmente conhecidos e podem gerar impactos regionais.

Apophis: impacto descartado!

Com cerca de 350 m de diâmetro, Apophis, o asteroide mais temido, foi detectado em 2004. De lá para cá algumas previsões de colisão foram feitas, e as duas maiores possibilidades foram prospectadas para 2029 e 2036.

Mas, após algumas observações mais detidas, a NEO descartou as duas possibilidades. E até o que se sabe, estamos seguros, ao menos pelos próximos 100 anos. Embora uma pequena chance de impacto em 2068, o asteroide foi removido da lista de risco da ESA, na qual permaneceu por longos 17 anos.

Se por um lado conhecemos com precisão a órbita dos planetas, por outro a trajetória dos asteroides traz sempre incertezas. Aliás, calcular a rota de um asteroide é ainda mais difícil quando os objetos passam por objetos massivos com grandes forças gravitacionais, o que acaba por alterar a sua trajetória.

A órbita de Apophis é, de certa forma, conhecida pelos defensores planetários, que já calculam as prospecções de suas aproximações. Até então, a próxima aproximação será em 13 de abril de 2029, podendo ser vista a olho nu, visto que o asteroide estará a uma distância de 35 mil quilômetros da Terra.

Mas, o que não sabemos até o momento é se essa passagem de 2026 será capaz de alterar a órbita do asteroide. Contudo, mesmo com a alteração de sua trajetória, uma colisão futura com a Terra é improvável.

Asteroides próximos da Terra: nosso planeta contra-ataca!

Cansada de ser impactada por asteroides, a Terra lançou um contra-ataque. Desse modo, testando uma estratégia totalmente inovadora, a Nasa projetou a espaçonave Dart em direção a um asteroide robusto.

Até então, o objetivo era a alteração da rota do asteroide, que se encontrava perto da Terra e que poderia ser uma possível ameaça no futuro. No entanto, com seus 150 m, Dimorphos, orbitando um asteroide ainda maior – Didymos – teve a sua órbita cortada e foi reduzido a um cometa.

Assim, a espaçonave Dart lançada a 22 mil km/h colidiu com o Dimorphos e transformou o asteroide em uma mini lua com uma pilha de escombros de quase 10 mil quilômetros de comprimento. Uma estratégia e tanto para desviar asteroides próximos da Terra, que possam trazer algum risco iminente.

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