Tradições ancestrais: desvendando os mistérios da mitologia celta
Os celtas acreditavam em um mundo espiritual, habitado por seres que influenciavam o mundo físico.
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A mitologia celta consiste em um rico conjunto de crenças e histórias que floresceram entre os povos da antiga Europa. Principalmente na região que hoje abrange a Irlanda, Escócia, País de Gales e partes da França e Espanha.
Caracterizada por uma profunda conexão com a natureza e uma forte tradição oral, a mitologia celta reflete a visão de mundo de uma sociedade agrária e guerreira, onde divindades, heróis e seres místicos coexistiam em um universo interconectado.
Origem da mitologia celta
A mitologia celta tem suas raízes profundamente entrelaçadas com as culturas antigas que habitavam a Europa Ocidental e partes do Mediterrâneo. Dessa forma, ela não surgiu isoladamente, mas foi moldada por influências e interações com outras civilizações ao longo dos séculos.
Nesse sentido, os primeiros vestígios remontam à Idade do Ferro, período em que as tribos celtas começaram a se estabelecer na Europa Central e Ocidental. Dessa forma, essas comunidades desenvolveram suas próprias crenças e práticas espirituais. E, claro, absorveram e adaptaram elementos das culturas vizinhas.
À medida que as tribos celtas migraram e se estabeleceram em novas terras, suas mitologias se enriqueceram com novos contatos e interações culturais. Sendo assim, influências de povos pré-célticos contribuíram para a formação de mitos e lendas que incorporaram características locais e deidades específicas.
Além disso, os gregos e romanos, através de contatos comerciais e conflitos militares, também deixaram sua marca na mitologia celta. Ou seja, elementos de divindades como Apolo e Minerva foram assimilados pelos celtas, muitas vezes reinterpretados para se alinhar com suas próprias concepções.
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Aliás, a interação com o mundo romano, especialmente durante a ocupação das Ilhas Britânicas, foi um período crucial para a mitologia celta. Afinal, divindades celtas, como Sulis, mostram claramente a fusão de tradições religiosas celtas e romanas, onde aspectos de ambas as culturas foram integrados e reverenciados.
Portanto, a mitologia celta não pode ser entendida apenas como uma criação isolada, mas como um produto de trocas culturais e influências mútuas ao longo de sua história. Certamente, essa interação constante com outras culturas europeias e mediterrâneas enriqueceu suas narrativas mitológicas.
Principais deidades celtas
Entre as divindades mais reverenciadas está Dagda, conhecido como o “Bom Deus” ou o “Pai de Todos”. Nesse sentido, ele personifica a fertilidade, abundância e força vital. Inclusive, ele é frequentemente retratado como um líder sábio e generoso, associado à prosperidade agrícola e ao ciclo das estações.
Outra figura central é Brigid, venerada como deusa do fogo, poesia e cura. Assim, Brigid personifica tanto a chama sagrada que aquece os lares quanto a inspiração criativa que impulsiona os bardos. Logo, sua dualidade como deusa do fogo e da cura também a torna uma figura essencial nos rituais de proteção e renovação.
Já Lugh é outra deidade, conhecido como o “Mestre de Todas as Artes”. Dessa forma, ele representa habilidades diversas, incluindo artesanato, poesia, e principalmente, habilidades de guerra. Aliás, Lugh personifica a ideia celta de excelência e múltiplas habilidades, sendo frequentemente invocado em tempos de conflito e competição.
A Morrigan, por outro lado, personifica o aspecto guerreiro e profético. Ou seja, ela é uma deusa da guerra, da morte e da profecia. Frequentemente, ela é descrita como uma figura sombria que influencia o destino dos guerreiros no campo de batalha. Logo, a dualidade de sua natureza reflete a complexidade da vida e da morte na visão celta.
Cada uma dessas deidades representa aspectos fundamentais da vida celta, como fertilidade, criatividade, habilidade e guerra. Bem como proporciona um entendimento mais profundo das prioridades e desafios enfrentados por essas antigas sociedades.
Cosmologia e visão de mundo
Para os celtas, o cosmos não se dividia claramente entre o mundo físico e o espiritual. Em vez disso, eles percebiam ambos os reinos como interligados e interdependentes. Assim, esse entendimento influenciava suas práticas espirituais e suas interações com o ambiente ao seu redor.
Além disso, os celtas acreditavam que o universo era composto por três camadas principais: o mundo superior, o mundo terrestre e o mundo subterrâneo. Sendo que o mundo superior, muitas vezes associado aos céus e aos deuses, era visto como uma esfera de ordem e clareza.
Ao passo que o mundo terrestre, onde os humanos viviam, era um espaço de complexidade e potencialidade. Já o mundo subterrâneo representava o reino dos mortos e das forças invisíveis que moldavam o destino.
Para os celtas, o conceito de tempo era cíclico, em vez de linear. Nesse sentido, eles observavam as mudanças sazonais e acreditavam que os ciclos naturais refletiam a eterna dança entre vida e morte, luz e escuridão. Aliás, as estações do ano eram marcadores de tempo e também sinais dos ciclos de renascimento.
Inclusive, a visão celta do mundo estava enraizada na reverência pela natureza e na crença de que todos os elementos naturais possuíam uma alma ou espírito. Dessa maneira, eles viam árvores, pedras, rios e montanhas como entidades vivas, cada uma com sua própria essência e influência sobre o mundo.
É isso! A mitologia celta narra as origens do mundo e da humanidade e também fornece um sistema de valores e ensinamentos. Aproveite que chegou até aqui e conheça mais sobre o Setealém e descubra os mistérios de uma dimensão paralela. Até a próxima!