Terremotos: a força bruta da natureza
Quanto maior a magnitude, maior a potência do terremoto e, consequentemente, maior o potencial de destruição.
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A crosta terrestre está em constante movimento. Placas gigantescas, como peças de um quebra-cabeça colossal, deslizam e colidem umas com as outras, impulsionadas por forças colossais do interior do planeta, as quais geram os terremotos.
A magnitude mede os terremotos, representando a quantidade total de energia liberada, enquanto a intensidade indica o nível de agitação sentida em um determinado local. Veja a seguir os maiores terremotos já registrados.
1. Valdivia, Chile (1960)
Em 22 de maio de 1960, às 15h11 do horário local, um evento de proporções gigantescas sacudiu a costa sul do Chile: o Terremoto de Valdivia, registrado com magnitude 9,5 na Escala Richter, o maior já documentado na história da humanidade.
Assim, o epicentro do terremoto se situou próximo à cidade de Lumaco, na província de Malleco, liberando uma energia equivalente a 2500 bombas atômicas de Hiroshima. Inclusive, as ondas sísmicas percorreram o planeta, atingindo lugares como o Havaí e o Japão, e gerando tsunamis que causaram destruição em diversas localidades costeiras.
Sem dúvidas, o impacto do Terremoto de Valdivia foi devastador. Dessa forma, o terremoto reduziu cidades inteiras a escombros, fez infraestruturas colapsarem e ceifou milhares de vidas. Estima-se que o número de mortos tenha ultrapassado 2 mil, com milhões de pessoas afetadas de alguma forma.
Além da destruição física, o terremoto causou um impacto social e econômico profundo. Considerando que a economia chilena, dependente em grande parte da agricultura e da pesca, sofreu severos impactos. No mais, o trauma psicológico da tragédia também marcou profundamente a população, deixando cicatrizes que persistem até hoje.
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2. Alasca, EUA (1964)
Em 27 de março de 1964, às 5h36 do horário local, um evento de proporções colossais sacudiu a região sul do Alasca: o Terremoto do Alasca, registrado com magnitude 9,2 na Escala Richter.
O epicentro se situou na Baía Prince William, a cerca de 125 km a sudoeste de Anchorage, a maior cidade do Alasca. Aliás, a energia liberada foi equivalente a 1200 bombas atômicas de Hiroshima, gerando ondas sísmicas que percorreram o mundo e desencadearam tsunamis na costa do Alasca, do Canadá e do Havaí.
Dessa maneira, o terremoto causou completa destruição em cidades e vilas costeiras, deslizamentos de terra modificaram a geografia da região, e tsunamis com ondas de até 40 metros de altura devastaram comunidades à beira-mar. Estima-se que o número de mortos tenha chegado a 131, com milhares de pessoas feridas e desabrigadas.
Fora a destruição física, o terremoto causou um impacto social e econômico. Os setores de transporte, energia e comunicação foram severamente afetados pela infraestrutura danificada do Alasca. Além disso, a economia local, dependente da pesca e da indústria madeireira, também sofreu um impacto significativo.
3. Sumatra, Indonésia (2004)
Em 26 de dezembro de 2004, às 00h58 do horário local, um terremoto submarino sacudiu a costa oeste de Sumatra, na Indonésia: o Terremoto de Sumatra, registrado com magnitude 9,1 na Escala Richter. Diferente dos anteriores, o epicentro do terremoto ocorreu no fundo do Oceano Índico, a cerca de 130 km a oeste da cidade de Banda Aceh, na província de Aceh. A energia liberada foi equivalente a 1750 bombas atômicas de Hiroshima.
Dessa maneira, a energia liberada gerou ondas sísmicas que percorreram o planeta e desencadearam tsunamis devastadores. Inclusive, atingiram outros países banhados pelo Oceano Índico, causando destruição e mortes em escala sem precedentes.
Certamente, o impacto do Terremoto de Sumatra foi devastador. Visto que tsunamis com ondas de até 40 metros de altura varreram cidades costeiras inteiras do mapa, estimando-se um número de 230 mil mortos e milhares de pessoas desaparecidas.
Além disso, a infraestrutura de países como Indonésia, Sri Lanka, Índia, Tailândia e Somália sofreu danos severos, impactando os setores de transporte, energia, comunicação e turismo. Além do impacto social e econômico, deixando milhões de pessoas desabrigadas e em situação de extrema pobreza.
4. Tohoku, Japão (2011)
Em 11 de março de 2011, às 14h46 do horário local, um terremoto submarino sacudiu a costa nordeste do Japão: o Terremoto de Tohoku, registrado com magnitude 9,0 na Escala Richter, sendo o quarto maior já documentado na história da humanidade.
Como o terremoto em Sumatra, o epicentro se situou no fundo do Oceano Pacífico, a cerca de 130 km a leste da Península de Oshika. Aliás, a energia liberada foi equivalente a 1500 bombas atômicas de Hiroshima, gerando ondas sísmicas que percorreram o planeta.
O terremoto causou a destruição de cidades costeiras inteiras por tsunamis, resultando em um número estimado de 19 mil mortos e milhares de pessoas desaparecidas. Além disso, a infraestrutura do Japão sofreu danos severos, afetando diversos setores.
Além da destruição física e do impacto social, o Terremoto de Tohoku gerou um desastre nuclear. Isso porque o tsunami atingiu a Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, causando falhas nos sistemas de refrigeração dos reatores. Consequentemente, levando a vazamentos radioativos que contaminaram o meio ambiente.
Embora a ciência ainda busque aprimorar a previsão de terremotos, a preparação para esses eventos é crucial para minimizar os danos e salvar vidas. Para amenizar o clima, relembre os melhores desenhos dos anos 80. Até breve!