Do grego ao latim: a origem dos nomes de dinossauro

Os nomes, muitas vezes longos e complexos, são muito mais do que simples rótulos.

Os nomes de dinossauro têm fascinado cientistas desde a descoberta dos primeiros fósseis. Cada nome carrega em si uma história, refletindo características físicas, comportamentos ou então o local onde os fósseis foram encontrados.

Paleontólogos, ao nomearem essas criaturas, utilizam uma combinação de palavras gregas e latinas. Assim, criam termos que revelam aspectos importantes sobre os dinossauros. Confira a seguir a origem e curiosidades sobre os nomes de dinossauro mais famosos e surpreenda-se!

1.  Tiranossauro Rex

O nome “Tiranossauro Rex” evoca imagens de um predador temível e imponente, e essa impressão não ocorre por acaso. Dessa forma, a origem desse nome remonta à combinação de palavras gregas e latinas, escolhidas cuidadosamente para refletir a natureza do animal.

Ou seja, o termo “Tyrannosaurus” deriva do grego, em que “tyrannos” significa “tirano” e “sauros” quer dizer “lagarto” ou “réptil”. Assim, “Tyrannosaurus” pode ser traduzido como “lagarto tirano”. Já o epíteto “rex”, que vem do latim, significa “rei”. Juntos, esses termos formam o nome completo que se traduz como “rei dos lagartos tiranos”.

Sem dúvida, essa é uma descrição apropriada para o que era, na época de sua descoberta, um dos maiores predadores terrestres conhecidos. Inclusive, o paleontólogo americano Henry Fairfield Osborn foi o responsável por nomear o Tiranossauro Rex em 1905. Após a descoberta de seus fósseis na América do Norte.

2.  Tricerátops

O nome “Tricerátops” carrega consigo uma descrição precisa e marcante das características físicas desse dinossauro herbívoro, que viveu no final do período Cretáceo. Afinal, a origem do nome vem da combinação de palavras gregas: “tri” significa “três”, “keras” quer dizer “chifre” e “ops” que é “face”.

Portanto, “Triceratops” pode ser traduzido como “face com três chifres”. Certamente, uma referência direta aos dois chifres longos sobre os olhos e um menor sobre o nariz. Aliás, o paleontólogo Othniel Charles Marsh foi quem primeiro o descreveu e nomeou em 1889. Com base em fósseis encontrados na América do Norte.

Outro aspecto interessante do Tricerátops envolve o debate sobre a quantidade de espécies dentro do gênero Triceratops. Por muitos anos, os cientistas discutiram se diferentes variações de crânios encontrados representavam espécies distintas ou apenas variações de uma única espécie.

3.  Velociraptor

O nome “Velociraptor” foi escolhido para refletir a agilidade e a natureza predatória desse pequeno, mas feroz, dinossauro. Assim, o paleontólogo Henry Fairfield Osborn, em 1924, foi o responsável por nomeá-lo após a descoberta de fósseis na Mongólia.

Logo, o nome é derivado de duas palavras latinas: “velox”, que significa “rápido” e “raptor”, que se traduz como “ladrão” ou “caçador”. Sendo assim, “Velociraptor” pode ser entendido como “caçador rápido”. Ou seja, destaca uma de suas principais características: a capacidade de se mover rapidamente.

Embora ele tenha fama de um predador temível devido à sua representação na cultura popular, muitas delas não são completamente precisas. Na realidade, o Velociraptor media cerca de 2 metros de comprimento e pesava em torno de 15 quilos. No entanto, o que ele carecia em tamanho, compensava em agilidade e inteligência.

4.  Braquiossauro

O nome “Braquiossauro” reflete uma das características mais distintivas desse gigantesco herbívoro. Afinal, o termo vem da combinação de palavras gregas: “brachion”, que significa “braço”, e “sauros”, que quer dizer “lagarto”.

Dessa forma, “Brachiosaurus” pode ser traduzido como “lagarto de braço”. Ou seja, uma referência direta à sua estrutura corporal única, onde as patas dianteiras eram significativamente mais longas que as traseiras.

Certamente, essa peculiaridade dava a ele uma postura quase ereta, com o pescoço inclinado para cima. Assim, facilitava o acesso às copas das árvores, onde se alimentava. Aliás, o paleontólogo Elmer S. Riggs foi quem o descreveu e nomeou em 1903. Depois da descoberta de fósseis no Colorado, Estados Unidos.

5.  Estegossauro

O nome “Estegossauro” deriva das palavras gregas “stegos”, que significa “teto” ou “cobertura”, e “sauros”, que quer dizer “lagarto”. Dessa maneira, o paleontólogo Othniel Charles Marsh, que o nomeou em 1877, escolheu esse nome devido à estrutura incomum das placas ósseas que se alinhavam ao longo de suas costas.

Inicialmente, Marsh acreditou que essas placas formavam uma espécie de cobertura sobre o dorso do dinossauro, como um telhado protetor. Embora essa interpretação tenha sido revisada com o tempo, o nome “lagarto coberto” ou “lagarto com telhado” permaneceu.

Por conta disso, ele é um dos dinossauros mais icônicos do período Jurássico. Sendo reconhecido facilmente por suas grandes placas dorsais e cauda espinhosa. Inclusive, as placas ósseas, que podiam atingir até 60 centímetros de altura, eram dispostas em duas fileiras alternadas ao longo de suas costas.

6.  Espinossauro

O nome “Espinossauro” foi escolhido para destacar uma das características mais marcantes desse dinossauro. Ou seja, a série de espinhos alongados que se estendiam ao longo de suas costas. Inclusive, eles podiam chegar a 1,65 metros de altura e formavam uma estrutura em forma de vela.

Sendo assim, o nome “Spinosaurus” deriva das palavras latinas “spina”, que significa “espinho”, e “sauros”, que quer dizer “lagarto”. Aliás, o paleontólogo Ernst Stromer foi quem o descreveu pela primeira vez em 1915, após a descoberta de fósseis no Egito.

Além disso, o Espinossauro se destaca por suas espinhas dorsais, mas também por seu tamanho. Afinal, é um dos maiores dinossauros carnívoros já descobertos. No mais, estima-se que ele podia atingir cerca de 15 metros de comprimento e pesar entre 7 e 20 toneladas.

Prontinho! Esses nomes de dinossauro fornecem uma conexão direta com a vida e o ambiente desses gigantes que dominaram a Terra há milhões de anos. Já que chegou até aqui, relembre o desastre de Chernobyl: a energia nuclear e seus perigos. Até mais!