Os sensores de batimento cardíaco dos smartwatches funcionam?

Verdade ou mito: os sensores de batimento cardíaco dos smartwatches funcionam?

Para mensurar o fluxo sanguíneo do usuário, os relógios inteligentes usam nada mais nada menos do que a luz.

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sensores de batimento cardíaco dos smartwatches
Fonte: Apple

No pulso de muitos brasileiros, de atletas a entusiastas de uma vida mais saudável, os smartwatches conquistam pelas suas multiplicidades de função. Mas, uma das coisas que ainda restam dúvidas é se os sensores de batimento cardíaco dos smartwatches realmente são tão efetivos assim.

Isso porque como poderia um dispositivo usado no pulso mensurar e ler os batimentos cardíacos ao ponto de retornar com informações precisas para o usuário? Aliás, seriam essas informações tão precisas assim?

É sobre isso que vamos nos debruçar a seguir e, de bônus, vamos investigar se o monitoramento do sono feito pelos smartwatches seria confiável também. Segue a leitura!

De olho no funcionamento dos sensores de batimento cardíaco dos smartwatches

Os sensores de batimento cardíaco dos smartwatches funcionam com uma tecnologia conhecida por fotopletismografia.

A tecnologia consiste no seguinte, o nosso sangue reflete luz vermelha e absorve luz verde. É justamente por isso que os sensores utilizam luz verde associada a fotodiodos, bastante sensíveis à luz. O objetivo é então detectar a quantidade de sangue que flui dos vasos sanguíneos, mensurando-a em frequência cardíaca.

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Vale dizer que os comprimentos de onda de luz dos emissores interagem de maneiras diversas com o sangue que passa pelo pulso do usuário. Aliás, a depender da quantidade de sangue fluindo, a reflexão da luz também é bastante diversa.

Em seguida, a luz refletida no sangue é absorvida por um sensor do relógio de modo que os algoritmos começam a interpretar os dados, devolvendo-os em números.

O Apple Watch da Apple utiliza ainda de luz infravermelha e eletrodos para aferir a frequência cardíaca do usuário. Tais eletrodos se encontram na lateral da coroa e parte traseira do relógio. Dessa forma, os eletrodos entram em contato com a pele, possibilitando um aferimento dos batimentos cardíacos.

Assim, quando o usuário pede pelo app para um aferimento de batimento cardíaco via eletrodo de coroa, a corrente do smartwatch passa pelo coração e retorna no dedo em contato com o eletrodo da coroa.

Os resultados são confiáveis ou não?

No geral, podemos dizer que a mensuração dos batimentos cardíacos feita pelos smartwatches é credível. Mas, a lisura e assertividade dos resultados depende da tecnologia utilizada nos dispositivos.

Smartwatches como o Apple Watch trazem dados mais precisos. No entanto, nenhuma avaliação feita por esses relógios substitui uma avaliação médica. Aliás, considere buscar uma opinião de um profissional da saúde quando perceber desequilíbrio em suas mensurações diárias pelo dispositivo.

Vale dizer que o uso incorreto do relógio pode levar a resultados alterados. O ideal é que o dispositivo fique sobre a ossatura do pulso. Em casos de estar mais próximo da mão ou muito abaixo do osso, é comum que as mensurações sejam alteradas.

sensores de batimento cardíaco dos smartwatches
Fonte: Apple

Monitoramento do sono: funciona mesmo?

Além do monitoramento dos batimentos cardíacos, os smartwatches também têm a função de monitoramento do sono. Mas, será que este é tão efetivo quanto?

A primeira coisa que precisamos saber é que temos aproximadamente 100 bilhões de neurônios que pulsam em nossas cabeças todas as noites. Quando dormimos, os neurônios ora ativam, ora desativam, em uma fase do sono que conhecemos como N3 de ondas lentas.

Para que essas ondas sejam detectadas, o passo mais simples é colocar eletrodos na cabeça de quem está dormindo. Tal medição pode ser vista no exame de polissonografia, que além das ondas do sono de N3 também revela as do sono REM.

Mas, se é necessário todo um aparato para monitorar o sono, como o smartwatch pode fazer este monitoramento? Na verdade, o que o smartwatch mede são outras coisas. Além do batimento cardíaco, ele possui um acelerômetro que detecta os movimentos do usuário.

Com esses dados, a partir de um algoritmo o relógio supõe em qual fase do sono o usuário está. Quase como se dissesse o seguinte:

É noite + usuário deitado + celular deitado + usuário imóvel + batimentos cardíacos lentos + respiração lenta = fase N3

Ou seja, o smartwatch segue alguns indicativos relacionados aos dados que consegue captar. Por exemplo, estar deitado e respiração lenta são alguns indicativos do estado de sono e não de vigília. Mas, veja, isto é uma indução, um levantamento meramente hipotético.

Até porque, a pessoa poderia muito bem estar deitada em um estado meditativo e não de sono. Mas, considerando que estes indícios podem indicar uma fase de sono, o smartwatch pode ser um entre várias ferramentas de monitoramento do sono.

Embora o relógio inteligente ajude a entender a necessidade de dormir bem, para um monitoramento mais assertivo, a busca por um profissional capacitado é sempre a melhor saída.

Gabriel Mello

Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.

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