Web 3.0 e a revolução da Internet

Web 3.0: a nova era da Interwebs chegou!

Interação de dados é a grande promessa da Web 3, que veio para revolucionar o ambiente virtual.

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Web 3.0
Fonte: Freepik

A tecnologia está avançando a passos largos e muito tem se ouvido falar sobre a Web 3.0. Dessa maneira, no passado, tínhamos a ideia de uma internet por hiperlinks em que o usuário era extremamente passivo, consumindo, mas não produzindo (ao menos não como hoje).

Já com as revoluções tecnológicas, e com a popularização da Web 2.0, além de criação de conteúdo por parte dos usuários, os dados ainda se mantinham salvos nos servidores das empresas.

Mas, com a centralização e comercialização desses dados, a Web 3.0 surge com a promessa de uma internet mais rápida e privativa, considerando que os dados passarão a ser salvos na Blockchain. E o que isso significa? Entenda a respeito!

Web 1.0 e Web 2.0: quais as diferenças?

O projeto ‘WWW’ – World Wide Web – foi criado por Tim Berners-Lee e só foi ao ar em 1991, propondo a Internet com base nos famosos hiperlinks. Isso mesmo, uma Internet com base nos endereços que digitamos nos computadores.

Desse modo, as páginas com conteúdos fixos, que só permitiam leitura e nenhuma interação entre usuários, marcaram o que conhecemos hoje por Web 1.0. Aqui, o primeiro navegador comercial era o Netscape.

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O termo então foi popularizado enquanto antecessor da Web 2.0, característico dos anos 2.000 e assim popularizado por Tim O’ Reil.

Ao que tange às características da Web 2.0, temos uma busca pela interatividade. Exemplos disto são a própria Wikipédia, como uma plataforma de pesquisa colaborativa, e os blogs. Mas, há uma dificuldade muito grande em dissociar a Web 1.0 e a Web 2.0. Isso porque, segundo o próprio Berners-Lee, os objetivos buscados pelas tecnologias de ambos os momentos são os mesmos.

Então, será que a Internet não era um espaço interativo?

Ora, se voltarmos aos primórdios e pensarmos em um momento pré-internet já encontramos vestígios de interatividade. Afinal, na década de 80, já possuíamos os Bulletin Boards System, ou se preferir, os ‘Sistemas de Quadros de Aviso’.

O BBS funcionava como um sistema de troca de mensagens, de modo que uma pessoa que possuía uma linha telefônica, um computador e um modem poderia hospedar o seu quadro de avisos e ter uma troca de mensagens com outras pessoas com os mesmos dispositivos.

Por isso, não podemos dizer que a Internet só passou a ser um ambiente interativo quando chegamos na Web 2.0. Desse modo, Tim O’ Reil utiliza este termo para se referir ao momento em que as grandes empresas tecnológicas, como Google e Microsoft, ascendem a partir do paradigma da interatividade.

Nesse sentido, a interação seria um recurso e tanto para as grandes empresas, porque a coleta de dados daria uma vantagem competitiva frente a outras empresas.

E a Web 3.0, o que é?

As primeiras aparições do termo Web 3.0 surgem para se referir a web semântica. Por trás do conceito, todos os conteúdos da Internet precisam ter significado para os usuários humanos, mas também para os algoritmos. Isso para facilitar o cruzamento de informações de bancos de dados de páginas distintas, de modo a levar ao usuário serviços ainda mais inteligentes.

Se hoje temos que cada empresa tem sua base de dados, o esperado pela web semântica é uma cultura de dados abertos. Perceba que o paradigma se desloca de interação humana para a interação de dados.

Mas, em 2014, houve uma mudança de sentido do termo Web 3.0 promovida pelo co-fundador da Etherium, Gavin Wood. Para Wood, a Web 3.0 ou Web 3 diz respeito à descentralização dos serviços da Internet.

Vamos lá! Na Web 2.0, a empresa é a responsável por hospedar e gerenciar os dados do app ou da plataforma online. No paradigma da Web 3.0, os dados estariam distribuídos entre a comunidade de usuários, e a gestão se faria em consenso.

Assim, quanto mais o usuário contribui mais direito de voto ele possui. Dessa forma, tendo os recursos, dispositivos e conhecimentos necessários qualquer um poderia se tornar um contribuinte, ou melhor, um nó.

Metaverso e a descentralização das redes

Fonte: Freepik

Com a evolução da internet, na nova proposta da Web 3 juntamente com o paradigma da web semântica, o Bitcoin se mostrou um estímulo necessário para a motivação de redes descentralizadas, que permitiram que o potencial da Blockchain fosse visto na prática.

No entanto, a rede de Bitcoin se limita a transações financeiras, enquanto a Etherium consiste em um sistema turning-completo, uma vez que qualquer algoritmo pode ser desenvolvido e executado descentralizadamente pela Etherium.

E por falar em descentralização, o Metaverso como um universo virtual multiusuário em que as experiências estão próximas do real busca ser uma estrutura descentralizada. Não raro, muitos estudiosos definem o Metaverso como a nova fronteira da Internet.

Desse modo, quando pensamos em uma diversificação de cenários que deem conta de nossas vivências em um universo Blockchain, é difícil não pensar em integração e compartilhamento de avatares (as representações virtuais de pessoas físicas) e NFTs.

Ora, os tokens não fungíveis possuem um valor que não pode ser trocado por um produto equivalente, tal qual as obras de arte. No universo digital, os NFTs não são fungíveis e representam bens digitais singulares registados na Blockchain, como um meme ou ainda um bilhete de show.

Nesse sentido, já existem plataformas descentralizadas para a exibição de NFTs. Na própria Axie Infinity, as criaturas do jogo são NFTs.

Assim, espera-se que no Metaverso criadores possam comercializar e compartilhar avatares e acessórios tal qual NFTs, que permitam a personalização do ambiente virtual. Isso só é possível se pensarmos em uma nova era da Interwebs.

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Gabriel Mello

Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.

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