Gramas marinhas: o que são e qual sua importância

Gramas marinhas: um canto verde em um mar azul

Infelizmente, as gramas marinhas estão sob constante ameaça por atividades humanas.

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gramas marinhas
Fonte: Freepik

Você sabia que existe um jardim subaquático, com folhas longas e verdes que ondulam com a correnteza, e ainda é um refúgio para peixes coloridos e outros animais marinhos? Esse jardim não é feito de corais, mas sim de gramas marinhas.

As gramas marinhas não são algas, como muitos pensam. São plantas com flores que se adaptaram à vida subaquática, com raízes que se fixam no fundo do mar e folhas que flutuam na água. Também conhecidas como ‘pastagens marinhas’.

O que são as gramas marinhas?

As gramas marinhas são plantas que se adaptaram à vida subaquática, crescendo em áreas costeiras rasas, onde a luz solar penetra. Como estuários, lagunas e pradarias submersas, onde suas raízes se prendem ao substrato do fundo do mar.

Assim, seus longos caules e folhas verdes formam extensos prados subaquáticos, que servem como um importante habitat para uma variedade de animais marinhos, incluindo peixes, crustáceos e moluscos.

Além disso, as gramas marinhas são encontradas em diversos ambientes marinhos no planeta. Aliás, elas pertencem à família das angiospermas e são caracterizadas por suas longas folhas lineares que se assemelham a gramíneas terrestres.

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Certamente, essas plantas são altamente adaptadas às condições do ambiente marinho, tolerando variações na salinidade, temperatura e luminosidade. Portanto, a manutenção das gramas é crucial para manter a diversidade marinha e a saúde dos ecossistemas costeiros em todo o mundo.

Importância ecológica

As gramas marinhas são um componente vital dos oceanos, com funções ecológicas importantes para a saúde dos mares e do planeta. Veja a seguir algumas das principais funções das gramas que a tornam tão importantes.

1.   Habitat

As gramas marinhas assumem função vital como habitats nos ecossistemas marinhos. Com suas raízes fortes que se prendem ao substrato do fundo do mar, elas oferecem estabilidade e abrigo para os habitantes do oceano.

Dessa maneira, os prados de gramas marinhas servem como berçário para diversas espécies de peixes, como garoupas, tainhas e sardinhas. Enquanto, os juvenis encontram abrigo entre as folhas e se alimentam de pequenos organismos que ali vivem.

Fora os peixes, diversos outros animais encontram casa, comida e refúgio nas gramas marinhas. As tartarugas, por exemplo, utilizam as gramas como área de alimentação e descanso.

Além disso, as gramas marinhas servem como locais de desova e berçários para diversos animais, fornecendo proteção e alimento para os jovens enquanto se desenvolvem. Assim, elas também favorecem a diversidade biológica, criando nichos ecológicos que suportam uma variedade de espécies interdependentes.

Portanto, a relevância das gramas marinhas como habitat não pode ser subestimada, pois elas sustentam ecossistemas saudáveis e auxiliam para a abundância e diversidade da vida marinha.

2.   Proteção costeira

As gramas marinhas, como sentinelas verdes, protegem as costas de forma natural e eficiente. Assim, seus densos prados subaquáticos atuam como uma barreira contra a força das ondas e a erosão costeira, defendendo as unidades costeiras e seus recursos naturais.

Algumas formas de proteção acontecem por meio da dissipação da energia das ondas. Dessa forma, as folhas e caules das gramas marinhas absorvem a energia das ondas, reduzindo seu impacto sobre a costa.

Ou ainda, fazendo a estabilização do sedimento. Ou seja, as raízes das gramas fixam o sedimento no fundo do mar, evitando a erosão costeira. Além disso, elas capturam e retêm sedimentos em suspensão, cooperando para a formação de dunas e bancos de areia.

3.   Filtração da água

As gramas marinhas assumem um papel crucial na purificação dos oceanos. Com seus densos habitats que atuam como filtros naturais, capturando poluentes e sedimentos, promovem a saúde dos mares e a qualidade da água.

Sendo assim, as folhas e caules retêm partículas em suspensão na água, como sedimentos, algas e detritos. Então, as raízes absorvem nutrientes dissolvidos na água, como nitrogênio e fósforo. Por fim, os microrganismos que vivem nas raízes e sedimentos decompõem a matéria orgânica retida, liberando nutrientes de volta à água.

Sem dúvidas, a filtragem contribui para a clareza da água, importante para a penetração da luz solar e a fotossíntese de algas e outras plantas aquáticas. Além disso, a absorção de nutrientes pelas gramas marinhas ajuda a controlar a proliferação de algas nocivas, que podem causar desequilíbrios ecológicos.

Sem contar que a água limpa e com menor quantidade de nutrientes proporciona um ambiente mais saudável para diversas espécies de animais marinhos.

4.   Armazenamento de carbono

As gramas marinhas, além de serem habitat e proteção natural para as costas, assumem um papel crucial na luta contra as mudanças climáticas. Exatamente! Seus densos prados atuam como sumidouros de carbono, capturando e armazenando grandes quantidades de CO2 da atmosfera, ajudando a mitigar o impacto do aquecimento global.

Dessa forma, as gramas marinhas, através da fotossíntese, absorvem CO2 da água e da atmosfera, convertendo-o em biomassa. Então, quando morre, se deposita no fundo do mar, formando sedimentos ricos em carbono.

Inclusive, o carbono armazenado nos sedimentos pode ficar retido por milhares de anos, evitando sua liberação na atmosfera. Sendo que um dos principais benefícios, está na diminuição do CO2 na água do mar, pois reduz a acidificação oceânica, um problema que ameaça a vida marinha.

Gramas marinhas ameaçadas

Infelizmente, as gramas marinhas enfrentam um declínio preocupante. Devido a diversos fatores, como a intensificação da atividade humana nos oceanos, a qual coloca em risco esse ecossistema crucial para a saúde dos mares e do planeta.

Entre as principais ameaças estão a poluição, com o lançamento de esgoto, agrotóxicos e outros poluentes nos oceanos. Assim como o desenvolvimento costeiro, ou seja, a construção de marinas, portos e outras estruturas costeiras que destroem as gramas, eliminando um habitat para diversas espécies.

Além disso, a pesca excessiva de animais desequilibra a cadeia alimentar e ameaça a biodiversidade. Como também o aumento da temperatura e da acidificação dos oceanos, os quais prejudicam a saúde das gramas e reduz sua capacidade de armazenar carbono.

Enfim, proteger as gramas marinhas é fundamental para garantir a biodiversidade marinha, a qualidade da água e a redução das mudanças climáticas. Inclusive, a NASA tem se preocupado com as consequências da elevação do nível dos oceanos. Veja o porquê!

Bárbara Luísa

Graduada em Letras, possui experiência na redação de artigos para sites, com foco em SEO. Meu foco é proporcionar uma experiência agradável ao leitor.

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