O que é robótica e como surgiram os robôs?
A primeira aparição das máquinas inteligentes foi em uma peça de teatro que criticava o trabalho pesado nas indústrias.
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A primeira coisa que nos vem à mente quando perguntamos ‘o que é robótica?’ são robôs. E a verdade é que esse pensamento não é de todo errado, uma vez que a robótica consiste na ciência de planejamento, construção e uso de robôs.
Mas, entender o conceito de robótica nos leva a pensar na seguinte pergunta: o que são robôs? Em termos simples, um robô diz respeito a uma máquina programada para o exercício de funções autônomas.
Dessa maneira, a máquina inteligente recebe alguns comandos, pelos quais age sozinha, sem a intervenção humana. Você tem vários robôs em sua casa, sua geladeira, seu smartphone e o seu aspirador robô são bons exemplos disso.
Mas, para entendermos o que é robótica temos que voltar aos seu material de estudo, perscrutando a sua gênese. Vejamos a seguir, como surgiram os robôs!
Qual a origem dos robôs?
A palavra robô se originou antes mesmo da construção de um robô propriamente dito. Karel Capek, um escritor tcheko foi o responsável por cunhar o termo no ano de 1920 com a ajuda de seu irmão. O escritor cunhou a palavra enquanto escrevia uma peça teatral chamada de R.U.R. – Robôs universais de Rossum.
A peça de Capek narra, inicialmente, a fabricação de pessoas artificiais, os robots. Contudo, as máquinas estão mais próximas do que entendemos como clones, atualmente, uma vez que são criaturas carnais.
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O enredo começa quando os robôs de Capek, criados para trabalhos fabris, acabam se rebelando contra os seres humanos e extinguindo a raça humana. Pois é, a revolução das máquinas já data de mais de 100 anos atrás, mostrando que a hipótese de uma revolta dos robôs não é tão nova assim.
A palavra ‘robot’ vem de ‘robota’, seu correspondente eslavo, cujo significado é ‘trabalho árduo’. Aliás, o grande objetivo de Capek ao pensar nas máquinas era este mesmo, utilizar os robôs para o trabalho. Tão certo que, explorando o mesmo tema, em A guerra das salamandras, o cientista redireciona os robôs para servirem os humanos.
O escritor em sua peça visava uma crítica social ao trabalho pesado nas fábricas, que desumanizava os operários, fazendo-os como uma extensão das máquinas que operavam.
Algumas referências possíveis para a invenção dos robôs
Existem diversas crenças religiosas antigas que podem ter sido fundamentais para a inspirar a ideia dos robôs de Capek. Hefestos, por exemplo, um deus grego muito cultuado na Grécia Antiga, segundo a mitologia, criou diversas criaturas para servi-lo na forja de objetos em suas oficinas.
Já a tradição judaica também possui uma criatura forte, criada do barro a partir de poderes mágicos e que tem por função servir seu criador. A criatura foi chamada de Golem.
Mas, dentre as grandes referências, não podemos nos esquecer de Frankenstein, de Mary Shelley. A obra foi publicada em 1818 e traz a narrativa de vida de uma criatura que experiencia trabalhos forçados, mas que ao mesmo tempo se revolta contra o seu criador.
São muitas referências que poderiam ter embasado Karel Capek a dar os primeiros passos ao que mais tarde seria conhecido como robótica. Na peça, os robôs possuem personalidades muito distintas, alguns mais explosivos e rebeldes, outros mais pacíficos, mas que ainda assim sonham um dia serem livres.
Robótica e as Leis de Asimov
Deu para perceber até aqui que os robôs são os objetos de estudo da robótica. Já esta é também uma criação da ficção. A palavra surgiu primeiramente em um conto de Isaac Asimov em 1941, um pouco antes do seu ilustre trabalho: As três leis da robótica. De acordo com as Leis de Asimov um robô:
- Jamais deve ferir um humano;
- Deve seguir as ordens dos humanos;
- Precisa proteger a sua existência, desde que sua conservação de vida não conflitua com as duas leis acima.
Vale dizer que a Asimov era um crítico da peça de Capek, e suas leis de robótica foram desenvolvidas para que rebeliões, como as de R.U.R., fossem evitadas.
Como esperado por Capek, no começo do século XX, os robôs passaram a ser construídos com fins de auxiliar no trabalho industrial. George Devol, o pai da robótica, criou a primeira máquina – Unimate – para a Ford Motor Company de Trenton.
Dessa maneira, considerando os ótimos resultados dos robôs ao que tange ao aumento de produtividade em curto tempo, a robótica passou a se desenvolver cada vez mais.
Assim, a construção de robôs cada vez mais inteligentes e auto suficientes a partir dos estudos e aprimoramento de inteligência artificial tem feito com que a ficção seja espelhada na realidade. Estaria o escritor Oscar Wilde certo em dizer que “a vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida”?
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