Entre sorte e azar: o fascinante mundo das superstições
Borboletas noturnas, mascar chiclete à noite e saturno retrógrado são algumas das superstições ao redor do mundo.
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As superstições são crenças irracionais ou mágicas que atribuem significados especiais a certos objetos, ações ou eventos, muitas vezes associando-os a sorte, azar ou influências sobrenaturais. Assim, elas variam entre culturas, moldando comportamentos e decisões.
Embora muitas superstições sejam vistas como folclore, elas persistem em diversas sociedades, influenciando desde escolhas pessoais até eventos importantes. Vem com a gente conhecer algumas ao redor do mundo.
1. Escócia: borboletas noturnas
Na Escócia, existe uma superstição peculiar que envolve o medo em relação às borboletas noturnas. Essas criaturas aladas, normalmente associadas à transformação e à efemeridade, tomam uma conotação sombria neste contexto específico.
Sendo assim, a crença local sustenta que a presença de borboletas noturnas dentro de casa é um presságio de morte iminente. Aliás, a origem dessa superstição remonta a tradições antigas e crenças folclóricas que permeiam a cultura escocesa.
Além disso, a ideia de que esses insetos, inofensivos e efêmeros, podem ser portadores de más notícias pode parecer curiosa à primeira vista. No entanto, para muitos escoceses, essa crença é levada a sério, influenciando a maneira como eles interpretam a presença dessas borboletas noturnas em seus lares.
2. Turquia: não mastigar chiclete à noite
Na Turquia, uma superstição particular que perdura é a aversão à prática de mastigar chiclete durante a noite. Essa crença, embora possa parecer incomum, é seguida por alguns turcos, sendo considerada uma medida preventiva contra o azar.
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Nesse sentido, a tradição afirma que mastigar chiclete após o anoitecer é equivalente a mastigar carne humana morta, uma associação que adiciona uma dimensão macabra à simples ação de mascar.
Para aqueles que aderem a essa superstição, evitar o chiclete à noite não é apenas uma questão de etiqueta ou saúde, mas sim uma forma de afastar influências negativas e energias maléficas.
Certamente, a lógica por trás dessa crença pode estar vinculada à ideia de que a escuridão propicia a presença de forças sobrenaturais ou espíritos malignos. Nesse contexto, mastigar chiclete durante a noite poderia atrair essas energias indesejadas, prejudicando a pessoa ou, em um sentido mais amplo, trazendo infortúnios.
3. México: varredura de ano novo
Já no México, uma superstição associada ao Ano Novo é a prática da ‘varredura de ano novo’. Essa tradição, que se tornou parte das celebrações do Réveillon no país, envolve a ação simbólica de varrer a casa do fundo para frente.
Desse modo, a crença é que essa atividade não realiza apenas uma limpeza física, mas também representa um ato que afasta as energias negativas acumuladas e qualquer má sorte que possa ter se instalado nos cantos mais distantes de seus lares, durante o ano que se encerra.
Nesse sentido, este gesto simboliza a preparação para um novo ciclo, proporcionando um ambiente limpo e renovado para receber o ano que se inicia. A tradição da varredura de ano novo reflete a profunda conexão entre práticas culturais e simbolismo no México.
4. Japão: número 4
No Japão, a superstição em torno do número 4, ou ‘tetrafobia’, tem profundas raízes culturais e influencia diversos aspectos da vida cotidiana. Isso porque a palavra japonesa para o número 4, ‘shi’, é foneticamente semelhante à palavra para ‘morte’.
Dessa forma, essa aversão fica evidente em muitos aspectos da sociedade japonesa. Por exemplo, em muitos edifícios, especialmente hospitais e hotéis, o número 4 é muitas vezes omitido ou marcado como ‘F’ em vez de ‘4’ nos elevadores, placas e números de quartos.
Essa prática é uma tentativa de evitar trazer má sorte aos residentes ou visitantes associando-os ao número considerado desafortunado. Além dos edifícios, a tetrafobia também se estende a outros contextos, como a escolha de presentes ou datas para eventos.
5. Índia: Saturno retrógrado
Por fim, na Índia, acredita-se que o movimento retrógrado de Saturno, conhecido como ‘Shani Dosha’, pode trazer má sorte e desafios. Inclusive, na astrologia védica, a posição dos planetas no momento do nascimento é considerada determinante para o destino de um indivíduo.
Quando Saturno está retrógrado, alguns acreditam que isso pode intensificar os efeitos negativos associados a Shani Dosha, como obstáculos financeiros, relacionamentos problemáticos e atrasos em empreendimentos importantes.
Como resultado, muitas pessoas na Índia evitam tomar decisões, como casamentos, inaugurações de negócios ou mudanças significativas, durante períodos de Saturno retrógrado.
Além disso, há práticas específicas para mitigar os efeitos percebidos do Shani Dosha, como realizar rituais de propiciação a Shani, usar amuletos ou pedras associadas ao planeta, ou fazer doações para caridade como forma de apaziguar Saturno.
Tá na mão! Você acredita em superstições? Independentemente do povo, as superstições fazem parte das culturas, cada uma a seu modo. Se gostou deste conteúdo, certamente, irá gostar de conhecer o mistério do jamais vu, quando o familiar se torna desconhecido. Até mais!