Do offline para o online: entendendo o analfabetismo digital

Muito além de não saber o que é internet, veja quais são as causas e consequências do analfabetismo digital.

Se você é integrante da geração Y ou Z, com certeza sabe usar a tecnologia. Afinal, muitos nasceram e já foram apresentados à internet e jogos digitais. Mas e seus avós? Será que para eles a tecnologia está acessível? A grande verdade é que o analfabetismo digital se apresenta maior entre os idosos.

Contudo, sabemos que a idade se configura como o menor dos problemas. As barreiras socioeconômicas ainda não foram derrubadas e a inclusão caminha a passos lentos. Vem com a gente saber tudo sobre analfabetismo digital e como superá-lo.

O que significa analfabetismo digital?

O analfabetismo digital abrange diversas lacunas no entendimento e na utilização das tecnologias digitais. Desde a falta de habilidade para realizar pesquisas online até a incapacidade de discernir informações confiáveis na internet.

Sendo assim, indivíduos com analfabetismo digital podem enfrentar dificuldades em utilizar ferramentas básicas, como e-mails, e podem não compreender completamente questões relacionadas à privacidade e segurança online. Nesse sentido, tem-se a necessidade de superar esse desafio, dado o papel crescente da tecnologia na sociedade moderna.

Algumas possíveis causas

Antes de tudo, precisamos entender que o analfabetismo digital pode ter diversas causas, sejam elas sociais, econômicas ou culturais. Por exemplo, a falta de acesso a tecnologias, falta de treinamento adequado e resistência à adoção de novas ferramentas digitais.

Além disso, a falta de infraestrutura de internet em certas regiões, combinada com a ausência de programas educacionais voltados para a alfabetização digital, pode contribuir para o problema. Aliás, não devemos nos esquecer que cerca de 36 milhões de brasileiros não têm acesso à internet.

Assim como a disparidade econômica pode limitar o acesso a dispositivos e conexões de qualidade. Por fim, a resistência cultural ou o medo de tecnologia também são fatores que impedem algumas pessoas de desenvolverem as habilidades necessárias.

O analfabetismo digital gera consequências?

Infelizmente, o analfabetismo digital acarreta diversas consequências significativas. Uma delas consiste na exclusão social, visto que muitas interações sociais e oportunidades de emprego dependem cada vez mais da proficiência em tecnologia.

Além disso, o acesso limitado a recursos educacionais online pode criar barreiras educacionais. Nesse sentido, há uma limitação no aprendizado contínuo e no desenvolvimento de habilidades essenciais para acompanhar os avanços tecnológicos.

Inclusive, essa falta de competência digital também pode impor alguns limites profissionais. Como vimos durante a pandemia da Covid-19, as aulas e grande parte dos empregos foram levados para a internet.

E aqueles que não possuíam instrução digital, acabaram encontrando dificuldade. Logo, o analfabetismo digital pode restringir o acesso a empregos e oportunidades de carreira, especialmente em setores que demandam habilidades tecnológicas.

A propagação da desinformação é outra consequência, já que pessoas com analfabetismo digital podem ser mais suscetíveis a acreditar em informações não verificadas online.

Outro ponto bastante importante está na disparidade econômica que pode ser acentuada, uma vez que muitas oportunidades financeiras estão intrinsecamente ligadas ao uso efetivo da tecnologia.

Sendo assim, o isolamento digital e a vulnerabilidade online são preocupações adicionais. Uma vez que indivíduos com baixa alfabetização digital podem se sentir isolados e estarem mais propensos a ameaças de segurança online, como fraudes e ataques cibernéticos.

Até o acesso a serviços públicos se torna uma dificuldade, posto que muitos deles migraram para plataformas online. Dessa forma, torna-se inacessível para aqueles com habilidades digitais limitadas.

Como o analfabetismo digital pode ser superado?

Dito isso, vejamos algumas soluções. Uma abordagem eficaz inclui a criação de programas de alfabetização digital, focalizando desde o uso básico de computadores até a navegação segura na internet.

Além disso, torna-se urgente trabalhar para garantir acesso universal à internet, especialmente em regiões com infraestrutura limitada, reduzindo assim as disparidades socioeconômicas de acesso.

Outra estratégia consiste em oferecer treinamento vocacional adaptado às demandas do mercado de trabalho, proporcionando oportunidades de desenvolvimento de habilidades digitais. Assim como integrar a alfabetização digital nos currículos escolares. Desde os estágios iniciais da educação, para preparar os alunos para as futuras exigências tecnológicas.

E claro, garantir que o conteúdo online seja apresentado de maneira acessível e compreensível. Dessa forma, facilitar o aprendizado daqueles que estão se familiarizando com o ambiente digital.

Por fim, promover a inovação na educação e no treinamento. Como? Incorporando métodos modernos de ensino, estimulando o pensamento crítico e a resolução de problemas relacionados à tecnologia.

E aí, você conhece alguém com analfabetismo digital? Se você possui conhecimento, procure ajudar outras pessoas também. E uma excelente maneira de aprender está na arte, veja esses filmes e séries sobre inteligência artificial e fique de olho no futuro!